Humano 5.0 - O Cyborg sem implante tecnológico

Com o surgimento do Whatsapp e das redes sociais, temos alguns comportamentos humanos iguais aos anteriores, mas feitos de forma diferente. 

Algumas pessoas quando sentem-se tristes com elas mesmas, com alguém específico, quando estão carentes ou quando querem chamar a atenção, deletam suas fotos do perfil do Whatsapp. Acabam criando um suspense, algumas pessoas pensam que podem ter sido bloqueadas, outras mandam mensagem para saber se a pessoa está bem, o que houve, enquanto outras nem ligam. Anteriormente para alguém ver que você estava triste, sem você ter que falar, você teria que encontrar essa pessoa e ver seu semblante triste e desanimado. 

Hoje, sem sair de casa, você algumas pessoas conseguem mostrar pra dezenas ou centenas, ao mesmo tempo, que está mal e precisa de atenção. Alguns de nós, também sofre com a "fobia social telefônica", onde não atendem ligações, mas logo depois enviam mensagem no Whatsapp perguntando para a pessoa que ligou, o que ela queria e o que precisa. 

Isso é uma ferramenta muito boa para tímidos e introvertidos, pois hoje existe a possibilidade de comunicação não focada somente em ligações, dependendo do tema, é bem tranquilo resolver algumas situações pelo Whatsapp ou por e-mail. 

 E as indiretas nos stories? O crush sumiu? Manda indireta, posta fotos sorrindo e feliz, ou com um amigo para fingir que a fila anda. As redes sociais já são extensão do corpo humano, mesmo sem estar grudado em nossa pele. 

 Estudo feitos com ressonância magnética, mostra que quando falamos na primeira pessoa, os índices de dopamina do cérebro, são mais altos, então por isso, muitos de nós, vemos nossos próprios stories várias vezes, ouvimos nossos próprios áudios no Whatsapp mais vezes, "stalkeamos" nosso próprio feed do Instagram e etc. 

O Dado Pieczarcka, do Instagram Hiperconectado, diz que ele percebeu que ouvia muito mais seus próprios áudios do que os de amigos quando mandavam. 

E os estrangeiros, não gostam de áudios como nós brasileiros? Por que? Tudo se repete! 

 A "frieza" de alguns europeus, por exemplo, de fato é cultural, e é bem diferente da cultura da América latina. 

Somos mais sinceros, usamos bem menos máscaras sociais, somos mais calorosos, muito também pelo nosso clima tropical, então nada mais comum do que falarmos mais, sermos mais amorosos e conectados, fora e dentro das redes, e quando se fala mais, dá mais trabalho se a pessoa fosse escrever, então mandamos áudio. 

 Poderia citar mil outros exemplos, mas por enquanto é isso.

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